Se alguém tem dúvidas de que amor à primeira vista não existe, devem obrigatoriamente conhecer a história da Vitória no esporte de 3 Tambores, a paixão começou ao assistir a aula de amiga ainda na infância e foi levada tão a sério que chegou à todos da família.
Vitória Guedes Ribeiro, nasceu em Macatuba, cidade do interior de São Paulo com um pouco mais de 20 mil habilitantes e hoje reside em Lençóis Paulista/SP. Aos 18 anos já coleciona muitos títulos, incluindo um título da elite do esporte equestre no Brasil, o Prêmio Brasil de Hipismo, promovido pela CBH – Confederação Brasileira de Hipismo (órgão responsável pelo esporte equestre nacional), em parceria com NBHA Brazil, responsável pela modalidade de 3 Tambores dentro da CBH. O título foi conquistado depois uma vitória acirrada, no 4º Festival Jovem Organnact/NBHA Brazil, que aconteceu durante a 6ª Super Semana do Tambor em 2019, a competição reuniu os campeões dos principais campeonatos do país dentro da categoria Jovem. Vitória fez bonito ao lado da sua dupla Felipe Enzo Figueredo, que representaram o Núcleo Castelo Branco (organizado pelo Haras GKF), – “eu fiquei muito feliz e realizada com o título!”, completa Vitória.
O começo da nossa campeã, foi ainda na infância, – “antes dos meus 8 anos eu já “montava” para dar umas voltinhas com alguém puxando no sitio do meu tio, mas não me recordo de algo que me marcou nessa época. O que me marcou e foi meu empurrão para o esporte de 3 Tambores foi, quando estava de visita na casa de uma amiga e fui acompanha-la na sua aula de equitação, na Facilpa (Lençóis Paulista/SP), fiquei observando e vi que ela fazia círculos no galope com o cavalo do professor, quando a aula dela acabou eu pedi para dar um “voltinha” e a li tive a certeza de queria praticar o esporte, pedi para o meu pai e ele de pronto me inscreveu nas aulas.” – disse Vitória.
Da mesma forma que foi contagiada pelo esporte de 3 Tambores, também foi o vínculo para sua irmã começar no esporte e o agente que fomentou a paixão por cavalos nos seus pais.
A menina delicada e meiga se transforma quando entra em pista, o mix de adrenalina, emoção e velocidade toma o lugar e a faz voar baixo na competições. – “O que me encanta até hoje, ainda é o som, a pressão e adrenalina de dar o meu melhor dentro de um curto espaço de tempo.” – completa a atleta.
Vaidosa, como toda menina da sua idade, não dispensa looks da moda e o cabelão cumprindo que com aquela ajudinha do vento no momento das passadas, dão aquele toque de glamour nas suas passadas, e esse momento também encanta a campeã, “antes de montar eu sempre achei lindo as meninas correndo com os cabelos voando”, brincou a atleta.
A primeira participação em competições foi aos 11 anos de idade em uma etapa do Núcleo Bauruense (NBQM), em Bauru/SP.
-“Eu montava um cavalo chamado Iron Horse Cardinal (Mulico), ele era do Marco Toledo Filho, neste dia a pista estava alagada e isso triplicou a sensação de medo e ansiedade da minha primeira prova, fiquei em 4º lugar na categoria Jovem Principiante A, fiquei extremamente feliz naquele dia.” – conta a atleta
Vitória também já treinou 6 Balizas, mas não chegou a competir. Para ela, todos os cavalos que já fizeram parte da sua vida, tem uma grande importância, pois, cada um ensinou algo que naquele momento foi importante para seu crescimento, mas existe um carinho especial com seus dois primeiros cavalos, o Antom Runner (Top Firewater x Sandy Time ZD), que para ela foi um cavalo professor, – “ele me ensinou a ter paciência e esperança” – disse Vitória, e o Top Scamper (Top Firewater x Ana Leo ZD) seu fiel companheiro, – “ele me trouxe as melhores sensações que eu já senti na minha vida” – completa Vitória.
Dos principais títulos no esporte, destaca:
- Campeã da Copa do Campeões, na categoria principiante B, teve um gostinho diferente, um tanto nostálgico, pois, foi a última vez que competiu na categoria principiante;
- 8º lugar no Grand Pix, com sabor de primeiro lugar, na categoria Feminina onde 234 competidoras competiram, foi o primeiro 17.100 segundos do currículo da atleta;
- Classificatória do Nacional, na categoria jovem C (classificou em 1º lugar, mas na final infelizmente o conjunto tropeçou, mas classificar em 1º lugar, em umas competições mais concorrida do esporte, já é uma realização de um sonho;
- Campeã Potro WV, na categoria Feminina, foi a primeira vez que subiu no pódio como campeã da categoria Feminina, uma das categorias mais competitivas do evento, com 85 meninas correndo em busca do título;
Em meio de muitos troféus, subidas ao pódio e pista liberada, existem aqueles momentos memoráveis, aqueles momentos que marcam para vida toda, e com a nossa campeã, não foi diferente, pois em um esporte extremamente competitivo como é o esporte de 3 Tambores, fazer a marca de 17 segundos, é sem dúvida aquele momento que traz um turbilhão de sensações, somando uma mistura de sentimentos que entram em ebulição com a adrenalina do momento, – “17.0 (segundos), é meu menor tempo, e atingir essa marca, foi quebrar meu próprio recorde, eu estava indo muito mal nas competições e já tinha perdido as esperanças, marcar esse tempo, foi como uma fênix que ressurge das cinzas, me trouxe toda a esperança e ânimo novamente.” – lembra, Vitória.
Para o futuro dentro do esporte, Vitória, está se dedicando para ir em buscar títulos que ainda não conquistou e aperfeiçoar ainda mais suas técnicas e habilidades para um desempenho cada vez melhor dentro das pistas.
Crédito das fotos: Beto Negrão – enviada do arquivo da entrevistada